Incontinência urinária em idosos: entenda as causas, sintomas e como tratar

A incontinência urinária em idosos é um tema que gera dúvidas, desconforto e, muitas vezes, vergonha. Trata-se de um problema comum com impacto direto na qualidade de vida, autoestima e saúde física e emocional. O Dr. Mario Luiz Brusque, médico geriatra e clínico geral, explica as principais causas desse sintoma, apresenta opções de tratamento e reforça a importância do acompanhamento especializado.

O que é incontinência urinária em idosos?

Incontinência urinária é o termo médico que define a perda involuntária de urina. Nos idosos, essa condição tende a ser mais frequente devido ao envelhecimento natural dos órgãos, mas também pode estar relacionada a outras doenças, uso de medicamentos ou problemas musculares e neurológicos. Apesar de comum, a incontinência urinária não deve ser considerada normal ou inevitável e sempre precisa ser avaliada por um especialista.

Principais causas da incontinência urinária em idosos

Diversos fatores podem contribuir para o surgimento da incontinência urinária em idosos, entre eles:

– Enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico: Com o tempo, a musculatura responsável pelo controle da bexiga pode perder sua força.
  • Doenças neurológicas: Alzheimer, Parkinson, AVC e lesões na medula afetam o controle da micção.
  • Problemas na próstata: Em homens, aumento da próstata (hiperplasia prostática benigna) é causa frequente.
  • Infecções urinárias: Podem gerar urgência e perda do controle temporário.
  • Uso de medicamentos: Diuréticos, sedativos, antidepressivos e outros podem interferir na função do trato urinário.
  • Diabetes e outras doenças crônicas: Podem prejudicar a sensibilidade e o funcionamento do sistema urinário.
  • Mobilidade reduzida: Dificuldade para chegar ao banheiro a tempo também contribui para acidentes.

Tipos de incontinência urinária

Entender o tipo de incontinência urinária é fundamental para definir o melhor tratamento:

– Incontinência de urgência: Forte desejo de urinar e perda involuntária antes de chegar ao banheiro.
  • Incontinência de esforço: Perda de urina ao tossir, rir, espirrar ou fazer esforço físico.
  • Incontinência mista: Combinação dos dois tipos acima.
  • Transiente: Associada a condições momentâneas, como infecção ou uso de certos medicamentos.

Sintomas que indicam necessidade de avaliação

  • Acordar várias vezes à noite para urinar (noctúria)
  • Vazamentos frequentes de urina
  • Dificuldade para segurar a vontade
  • Mudança no cheiro, cor ou quantidade da urina
  • Incômodos ou dor associados à micção

Ao notar esses sintomas, procure um geriatra para avaliação detalhada.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de incontinência urinária em idosos é clínico, baseado na conversa com o paciente e, se necessário, em exames específicos. O médico pode indicar exames de urina, ultrassom, avaliação urodinâmica ou outros testes complementares para esclarecer a causa.

Tratamentos para incontinência urinária em idosos

As opções de tratamento variam conforme a causa e o tipo de incontinência:

– Reabilitação do assoalho pélvico: Exercícios fisioterápicos específicos (como os exercícios de Kegel) fortalecem a musculatura.
  • Mudanças comportamentais: Ajuste na ingestão de líquidos, controle do horário de micção e evitar bebidas irritantes para a bexiga.
  • Uso racional de medicamentos: Rever e, se possível, substituir remédios que pioram o quadro.
  • Medicações específicas: Em alguns casos, medicamentos podem ajudar a relaxar a bexiga ou diminuir a urgência.
  • Intervenções cirúrgicas: Indicadas para casos específicos, após falha de tratamentos conservadores.

Prevenção e convivência com a incontinência urinária

  • Manter o peso saudável e praticar atividade física regulamente.
  • Evitar o consumo excessivo de cafeína e álcool.
  • Procurar o geriatra ao primeiro sinal de perda urinária.
  • Não tenha vergonha de falar sobre o problema: quanto antes tratado, melhores os resultados!

onclusão

A incontinência urinária em idosos não é apenas um incômodo, mas uma condição que pode — e deve — ser tratada. Com orientação correta do Dr. Mario Luiz Brusque, médico geriatra e clínico geral, é possível recuperar a autoestima, segurança e qualidade de vida. Não sofra em silêncio, agende uma avaliação e retome o controle da sua saúde!