Incontinência urinária em homens idosos: causas, sintomas e opções de tratamento

A incontinência urinária em homens idosos é um problema muito mais comum do que se imagina, mas ainda envolve tabus, dúvidas e até vergonha de buscar ajuda médica. O tema merece atenção porque afeta não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional, social e a qualidade de vida. O Dr. Mario Luiz Brusque, médico geriatra e clínico geral, explica a seguir as principais causas do problema, os sintomas de alerta, o que pode ser feito e a importância do diagnóstico precoce.

O que é incontinência urinária em homens idosos?

A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina. Nos homens idosos, pode se manifestar de diversas formas — desde pequenos escapes ao tossir ou rir até perdas mais intensas, que interferem nas atividades diárias e podem causar constrangimento. Embora mais frequente com o envelhecimento, a incontinência urinária não deve ser vista como algo “normal” da idade. Sempre exige avaliação especializada.

Principais causas da incontinência urinária em homens idosos

Diversos fatores podem explicar a incontinência urinária em homens idosos, sendo alguns deles exclusivos do sexo masculino:

O aumento benigno da próstata é a principal causa de incontinência urinária em homens acima de 60 anos. A próstata aumentada dificulta o esvaziamento completo da bexiga, gerando escapes, urgência urinária e até jatos urinários fracos.

2. Cirurgias urológicas

Procedimentos para tratar o câncer de próstata ou outras doenças podem causar danos aos nervos e músculos responsáveis pela continência, elevando o risco de incontinência.

3. Doenças neurológicas

Acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson, esclerose múltipla e neuropatias podem afetar o controle da micção.

4. Infecções urinárias

Mais comuns entre os idosos, as infecções podem causar urgência, dor e perda momentânea de controle da bexiga.

5. Diabetes e outras doenças crônicas

O diabetes pode causar neuropatia periférica, com prejuízos nos nervos que controlam a bexiga.

6. Uso de medicamentos

Diuréticos, sedativos, antidepressivos e outros remédios podem desencadear ou agravar episódios de incontinência urinária.

7. Enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico

Com o envelhecimento, a musculatura responsável pelo controle urinário pode perder força.

Sintomas que merecem atenção

• Escapes de urina ao tossir, rir ou fazer esforço
• Necessidade urgente de urinar, mesmo logo após ir ao banheiro
• Gotejamento constante após urinar
• Levantar várias vezes à noite para urinar (noctúria)
• Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga

Ao perceber esses sinais, não hesite em buscar avaliação com um geriatra.

Diagnóstico

O diagnóstico da incontinência urinária em homens idosos envolve a escuta atenta do paciente, exame clínico, análise do uso de medicamentos e, quando necessário, exames laboratoriais ou de imagem. Em alguns casos, testes urodinâmicos ajudam a compreender o funcionamento da bexiga e da próstata.

Tratamentos para incontinência urinária em homens idosos

O tratamento ideal depende da causa, da gravidade e do impacto do problema na rotina, podendo incluir:

• Fisioterapia do assoalho pélvico: Exercícios para fortalecer os músculos responsáveis pelo controle urinário.
• Ajuste de medicações: Monitorar ou substituir remédios que agravam o quadro.
• Uso de medicamentos específicos: Para relaxar ou estimular músculos da bexiga e da próstata.
• Intervenções cirúrgicas: Em casos de obstrução prostática severa ou quando tratamentos clínicos não são suficientes.
• Tratamento de infecções e doenças de base.

O acompanhamento com o geriatra é fundamental para monitorar a eficácia das abordagens e prevenir complicações.

Conclusão

A incontinência urinária em homens idosos tem solução e tratamentos variados, e nunca deve ser motivo de vergonha ou resignação. Quanto antes procurar ajuda especializada, mais fácil será recuperar a segurança, a autoestima e o bem-estar. O Dr. Mario Luiz Brusque está à disposição para acolher, orientar e promover qualidade de vida em todas as fases do envelhecimento.